quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Há um barulhinho





Há um barulhinho


Há um barulhinho
Aqui ao pé, bem pertinho,
E faz AH.

Às vezes forte
Outras vezes pianinho
E faz EH.

Há ou não há?
É ou não é?
Há ou não há?
É ou não é?

Zumbe o zumbido
Faz-me ZI ao ouvido
Faz ZI.

Escuto cada som
Seja curto ou comprido
Cada som.

ZI ZI ZI
FON FON FON
ZI ZI ZI
FON FON   AH  (eh)  AH  (eh)  AH

ZI ZI ZI
FON FON FON


O que ouço  vou juntar
Com uns sons que eu cá já sei fazer.
O que se vai inventar
Será boa música, vais ver.

Há um barulhinho
Aqui ao pé, bem pertinho,
E faz AH.

Às vezes forte
Outras vezes pianinho
E faz EH.

Há ou não há?
É ou não é?
Há ou não há?
É ou não é?

Zumbe o zumbido
Faz-me ZI ao ouvido
Faz ZI.

Escuto cada som
Seja curto ou comprido
Cada som.

ZI ZI ZI
FON FON FON
ZI ZI ZI
FON FON   AH  (eh)  AH  (eh)  AH





Nota1: Fiz esta música o ano passado a pensar no próprio tema do «som». Como me pediram uma canção para a festa de Natal, acabei por usar esta, talvez por achar que de alguma maneira se enquadra no espírito (pelo menos tem uns guizos!!!). Confesso que nunca soube muito bem como abordar o tema do Natal em contexto escolar, mas uma vez que este é um blog que, entre outras coisas, procura estar atento às festividades, às efemérides, e a outros temas e motivos que possam parecer suficientemente interessantes para convocar a música para a sala de aula, pareceu-me que não podia deixar de assinalar de alguma forma esse tema, de qualquer ponto de vista especial, que é o Natal. Por isso a referência a baixo, nas etiquetas, ao Natal, ainda que não se trate propriamente de uma «Canção de Natal».

Nota2: Os acordes: RéM e Mim nas estrofes;
                            Do#M7, RéM, LáM, SolM, RéM (2x esta sequência) naquela espécie de refrão.
                    
                            (Sem transpositor, na guitarra, pode ser mais natural tocar noutra tonalidade, passando os acordes a ser DóM, Rém; e SiM7, DóM, SolM, FáM, DóM)
                         

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Jogo das Cartas Musicais

Neste jogo, as notas musicais são convertidas em símbolos de cartas de jogar. De jogada em jogada, em muito sai reforçada, de facto, a aprendizagem das notas. Não se trata portanto de mero entretenimento (mas lá que costuma ser divertido...).

Explicação do jogo.
Em primeiro lugar, cada aluno deve ter um conjunto (baralho) de sete* cartas, correspondendo cada uma delas a uma nota diferente (adiante darei sugestões sobre a construção das cartas). Joga-se em pequenos grupos, que em geral vão dos dois aos quatro elementos. Mais do que isso pode gerar confusão, ainda que em teoria não haja aqui propriamente limite de jogadores.
 Cada carta tem uma pequena pauta, com uma nota desenhada; poderá ter também, igualmente na face, o nome do dono (para posterior identificação). Numa mesa, espalham-se (e baralham-se) todas as cartas do grupo com a face (isto é, com a nota) virada para baixo. Se forem dois os jogadores, por exemplo, obtém-se um conjunto de catorze cartas, como peças de dominó antes de cada jogo, pelo que os alunos jogam com todas as cartas, e não apenas com as suas. Aliás, estando as cartas com o verso para cima e a face para baixo, elas nem se deverão distinguir.
O objectivo do jogo é formar pares de notas iguais, escolhendo na segunda jogada carta igual à da primeira jogada (para o que farão uso da memória, do conhecimento, mas também da sorte!). Do seguinte modo: o 1º jogador retira uma carta aleatoriamente. Vê-a ele próprio e mostra-a aos demais. Deve então dizer o nome da nota (**), o qual deve ser «certificado» pelos colegas, (havendo dúvidas, o professor é naturalmente o árbitro); se não acertar no nome da nota, o aluno volta a colocar a carta exactamente onde estava. Mas se acertar, tem o direito de tirar outra carta. Ao fazê-lo, pode acontecer que seja igual à primeira: forma-se desde logo um par, nesta fase do jogo apenas graças à sorte. O 1º aluno recebe pois um ponto e retira as cartas do jogo, conservando-as junto a si; e passa a vez. Se não for igual, volta a colocar as duas cartas exactamente onde estavam, sem receber ponto algum. Recolocar as cartas sempre onde estavam (excepto quando se forma par, evidentemente) é muito importante, para que os alunos vão memorizando as posições das diferentes cartas.  
Em qualquer dos casos, é agora a vez do 2º aluno jogar. Tirará à partida uma carta ao acaso (a não ser que escolha alguma das cartas já reveladas; mas nesta fase não tem vantagem nenhuma em fazer isso). Tal como fizera o 1º jogador, também ele terá de a mostrar aos colegas e dizer qual o seu nome, para obter o direito de tirar outra carta. Caso consiga passar esse teste, poderá, com sorte, ter uma possibilidade de não escolher a segunda carta ao acaso: se a primeira que tirou, e já tem na mão, for igual a alguma entretanto revelada (pelo jogador que o antecedeu), pode escolher essa carta especificamente, desde que, bem entendido, se lembre do sítio onde se encontra; forma um par, ganha um ponto, recolhe as cartas e passa a vez.
 Se a sua primeira carta não for igual a nenhuma já revelada pelo 1º jogador, terá de escolher a segunda carta ao acaso (ou melhor, quase ao acaso, porque pelo menos sabe quais NÃO deve escolher: precisamente as do 1º jogador, pois são diferentes da sua). Nessa situação, a de ter escolhido segunda carta ao acaso, duas coisas podem acontecer: ou tem a sorte de acertar (ganhando um ponto ao mesmo tempo que recolhe o par), ou o azar de não acertar. Neste último caso, volta a colocar a primeira e a segunda carta onde estavam.
Passa então a vez ao jogador seguinte, que repetirá os mesmos procedimentos, e assim sucessivamente, passando a vez várias vezes por todos os jogadores. Com o decorrer do jogo, vão-se conhecendo cada vez melhor as posições das cartas, que aliás serão cada vez menos, pelo que o jogo deixa de estar tão condicionado pela sorte, para decorrer cada vez mais em função da atenção e da memória dos alunos. Além do conhecimento das notas.
No fim, quando acabarem as cartas, ganha quem tiver mais pontos.

Elaboração do «baralho»
Aqui começa a aprendizagem, e também a diversão. Para facilitar, começo normalmente por desenhar sete rectângulos numa folha, e depois fazer uma pequena pauta em cada um (com ou sem clave de sol, conforme os alunos sejam ou não capazes já de a fazer eles mesmos). Normalmente não faço a pauta a meio, antes deixo o topo da carta com mais espaço do que a base, para que os alunos percebam de imediato a posição correcta da carta quando pegam nela, embora a clave de sol seja à partida indicador suficiente.
Depois, tiro uma fotocópia da folha para cada aluno. Aos alunos cabe fazer  uma nota diferente em cada rectângulo (de preferência a lápis, e de preferência sem carregar muito no traço, para não transparecer no verso). Normalmente precisam de assistência, e alguns até de que se lhes desenhe as notas no quadro. Tudo isso é aprendizagem. Aliás, não é má ideia fazer dois ou três rectângulos a mais em cada folha. Como também o não é fazer algumas folhas a mais. Costumo ainda pedir aos alunos que escrevam o nome, por baixo ou por cima da pauta. Depois é só recortar os rectângulos – isto é, as cartas.
Para quem quiser aprimorar um pouco o produto final, também se podem colar as cartas em rectângulos de cartolina do mesmo tamanho, ou, apesar de dar mais trabalho, fazer as cartas directamente na cartolina.




(*) O número de cartas pode naturalmente variar, de acordo com os conhecimentos e objectivos que se pretende para cada grupo de alunos. Resulta bem com quatro cartas, por exemplo.
 (**) Se os alunos ainda tiverem dificuldades, pode-se numa primeira fase escrever no quadro, em jeito de cábula, algumas das notas ainda não assimiladas (ou mesmo todas).



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Canção do Magusto








Castanhas quentinhas a estalar
Os meninos a cantar
Viva o magusto.

Pintam de negro a mão
Cara suja de carvão
Para pregar um susto.


Salta dali, para aqui
Corre que eu já corri
Este magusto
É para mim e para ti.

Salta dali, para aqui
Corre que eu já corri
Este magusto
É para mim e para ti.


Castanhas quentinhas a estalar
Os meninos a cantar
Viva o magusto.

Pintam de negro a mão
Cara suja de carvão
Para pregar um susto.


Salta dali, para aqui
Corre que eu já corri
Este magusto
É para mim e para ti.

Salta dali, para aqui
Corre que eu já corri
Este magusto
É para mim e para ti.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Andamento

É muito fácil, num grupo de crianças,fazer associações muito apelativas e estimulantes entre movimento e andamento. Um bom exemplo  disso mesmo, simples mas muito apreciado pelos alunos, é certamente um jogo a que podemos chamar Jogo dos andamentos (ou, porque não, Jogo do balão e da bola...). Penso que é especialmente interessante para as AECs, mas não será descabido, pelo contrário, para alunos de outras idades.

A ideia é fazer que os alunos passem de mão em mão um balão, primeiro, e depois uma bola, respectivamente ao som de «música lenta» e de «música rápida». No caso do balão, os gestos devem evidentemente ser muito lentos e suaves, e no caso da bola devem pelo contrário ser muito vivos, ou seja rápidos. O papel da música neste jogo é precisamente convidar os alunos a aperceberem-se das diferenças de andamento e a agirem de acordo com elas (e por contrapartida o papel dos movimentos é realçar a percepção do andamento), mas mesmo assim pode ser necessário sugerir ou lembrar aos alunos, no caso do balão, que movam as mãos quase à velocidade de uma tartaruga a deslocar-se; e no caso da bola, que não sejam tão rápidos que nem consigam entregar a bola em boas condições ao colega do lado. A música é que comanda; é importante que a natural agitação das crianças não as impeça de ouvir e sentir.

Para esta actividade, costumo usar uma pequena bola de borracha e o balão pode até ser imaginário (acaba por ser mais apelativo, normalmente).
O que não falta é música adequada para esta actividade; deixo duas sugestões para o balão - esta e esta - e uma para a bola - esta.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Canção do Outono



De manhãzinha
Abri a porta,
Saí de luvas
E um par de botas.

Sentindo o frio
Perdi o sono.
Havia chuva,
Era o Outono.


Vento, chuva, não há sol:
Agasalhos, cachecol.
Mas se vem algum calor:
Manga curta, por favor!


Por entre os galhos,
O sol eu vi,
E os agasalhos
Logo despi.

Galhos com folhas,
Outros sem elas -
De cores castanhas
E amarelas.


Vento, chuva, não há sol:
Agasalhos, cachecol.
Mas se vem algum calor:
Manga curta, por favor!

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